ndeA vacina contra a febre amarela não é indicada para mulheres gestantes, bebês com menos de 6 meses de vida, pessoas com alergia grave ao ovo e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Nestes casos, as pessoas devem se proteger da doença de outras formas.
De acordo com o infectologista Evandro Baldacci, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, as dificuldades são resultado do método de fabricação da vacina. O vírus vivo da febre amarela é cultivado em ovos embrionados de galinha. "Além de provocar a reação imunológica ao vírus, a vacina pode conter resíduos de proteínas do ovo", afirma o médico.
As reações alérgicas simples, como dificuldades digestivas e manchas na pele, no entanto, não são proibitivas. "Quando a alergia a alguma substância da vacina é comprovada, os riscos da reação e da pessoa contrair a doença são avaliados caso a caso", afirma Baldacci.
"Se o sistema imunológico não estiver pronto para reagir ao vírus e proteger a pessoa da doença, não indicamos a vacina", afirma Gustavo Johanson, imunologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Os fetos, os bebês com menos de 6 meses, pessoas com imunodeficiências resultante de doenças (Aids e neoplasias) ou de terapêutica (uso de corticóides, quimioterapia, radioterapia) estão nessa situação, explica o médico.
Johanson especifica que existem exames para avaliar objetivamente o sistema imunológico. "Se a contagem de linfócitos CD4 for baixa, não fazemos a vacinação", completa.
Vacinação indevida
Segundo Johanson, os riscos de haver uma vacinação indevida são bem menores hoje em dia. "Os postos de vacinação realizam uma triagem que avalia as possíveis situações de contra-indicação", afirma o médico.
Muitas pessoas têm procurado os postos de vacinação para se proteger contra a febre amarela. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirma que o país não vive uma epidemia da doença, e, portanto, a vacinação é indicada apenas para pessoas que vivem ou viajam para áreas florestais, onde vive o mosquito transmissor da doença.
O vírus da febre amarela circula nas regiões Norte e Centro Oeste, em Minas Gerais e Maranhão. Também são consideradas áreas de transição e risco potencial o oeste do Piauí, oeste de São Paulo, oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina, sul da Bahia e sul do Espírito Santo.
Outras proteções
"A melhor forma para uma pessoa sem vacina evitar a doença é ficar longe da regiões endêmicas do mosquito", defende Baldacci.
Quem não pode tomar a vacina deve recorrer a outros métodos de proteção, segundo os especialistas. Johanson recomenda repelente e o mínimo possível de exposição do corpo.
Para viagens internacionais que exigem a vacinação contra febre amarela, a Anvisa lembra que é necessário o CIV (Certificado Internacional de Vacinação), conhecido como guia amarela. O documento pode ser retirado em postos da agência, que também oferecem a imunização. A vacina pode ser tomada em qualquer posto e a guia, retirada com a carteira comum de vacinação.
Quem não pode tomá-la, segundo a Anvisa, deve apresentar, nos postos da agência, um atestado médico comprovando a impossibilidade da imunização. O viajante recebe, então, um certificado de isenção da vacina, que está previsto no regulamento sanitário internacional.
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