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Texto: Existe algo em comum entre o Itapecuru e as outras bacias hidrográficas no Maranhão

Foto: Renato Waquim - Mostra a Foz do Rio Itapecuru em Rosário / Arquivo do RN.

Por Renato Waquim.

Os rios maranhenses agonizam com a poluição, a destruição das suas margens e o assoreamento dos leitos. De norte a sul do Estado a situação é praticamente a mesma, com menor ou maior gravidade, variando em aspectos de caráter regional. Na Região Munim/Lençóis todos os rios estão comprometidos. As águas das bacias que banham as cidades de Rosário e Barreirinhas apresentam suas características físicas e químicas bastante alteradas. As razões dos danos aos recursos hídricos concentram-se na expansão urbana acelerada, na falta de sistema de esgotos e de tratamento dos resíduos sanitários, que acabam desaguando nos corpos d!águas. O mais grave é que os corpos subterrâneos também estão sendo comprometidos, principalmente em Rosário, por conta da contaminação com a água poluída da superfície, a perfuração sem controle de poços artesianos e em São Luís além do que foi citado outro problema é a possibilidade de salinização, dada a proximidade com as águas marítimas.

Há uma degradação das matas ciliares, o que provoca o desbarrancamento, a erosão e o aterramento dos leitos não só Rio Itapecuru como de vários rios maranhenses. Os grandes rios maranhenses, como o Itapecuru, o Preguiça e o Tocantins, na época de seca tem vários trechos não-navegavéis e isso vem aumentado a cada ano.

Nas cidades maranhenses não há qualquer proteção das margens dos rios. Além de o esgoto ser despejado diretamente nos rios, com as chuvas os rios recebem grande quantidade de terra e entulhos diversos. Na região de Cachoeira Grande e Presidente Juscelino é comum encontra máquinas retirando pedras e areias do Rio Munim, algo comum também em diversos lugares como no Rio Itapecuru em Rosário.

SOS Itapecuru - A bacia do Rio Itapecuru, foi a principal via para o povoamento do Maranhão continental no passado e da qual dependem mais de três milhões de maranhenses, portanto a destruição do Itapecuru é o principal problema ambiental do Estado do Maranhão.

Rosário - Lamentavelmente é a cidade de Rosário a mais atrasada na preservação da mais importante bacia hidrográfica do Maranhão, na cidade não existem políticas de gestão ambiental e a sociedade em sua maioria não se importa com Rio. Tem jovens rosarienses que não sabem nem o nome do Rio ou a importância dele para o abastecimento de água em São Luís. A falta de educação de muitos moradores é vista, por exemplo, através de animais mortos e lixos em geral que são despejados diaramente no rio (não existe fiscalização ambiental/sanitária no Rio em Rosário). A verdade é que na maioria das escolas não são ensinadas lições sobre educação ambiental quando a cidade da foz do Itapecuru precisa respeitar tamanho patrimônio ambiental que a sustenta diretamente e indiretamente.

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1 comentários:

  1. Sou maranhense e faço de suas palavras as minhas! Falta da parte dos Administradores municipais, carinho pelo Rio Itapecuru, belo, mas bastante maltratado, assoreado, poluído. Que as populações das cidades banhadas pelo Rio Itapecuru, se movimentem, pressionem os Srs. Prefeitos, que haja campanha visando conscientização de todos para o bem maior.

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