Na esteira da crise do mensalão, onde 40 personagens da vida pública estão sendo processados, pesquisas indicam que um em cada 6 parlamentares responde a ação no Supremo Tribunal Federal.
No Senado, o próprio presidente Renan Calheiros está sendo investigado e passível de cassação por quebra de decoro parlamentar e negociações outras muito mal explicadas.
Crimes contra a administração pública estão sendo cometidos em níveis federal e estadual manchando a imagem dos três poderes da República. Chega a ser incrível o número de autoridades que cometem crimes contra o sistema financeiro, pondo em risco a saúde econômica do país.
Os inquéritos publicamente abertos na Polícia Federal e outros que correm em segredo de Justiça deixam um rastro de vergonha e abalam a República. Entre licitações fraudulentas, crimes contra a ordem tributária, o Brasil assiste uma considerável percentagem de suas autoridades envolvidas em ações cíveis e penais.
Em alguns momentos, entretanto, as instituições se protegem, quando os Conselhos de Ética e Corregedorias julgam as denúncias contra os membros do parlamento e ações contra administradores que se tornaram deputados.
É o que acontece nesse momento no Maranhão, onde o Partido da Social Democracia Brasileira encaminhou denúncia contra o deputado Ricardo Murad, acusado de desviar 2,3 milhões de reais quando exercia o cargo de Gerente Metropolitano de São Luís. O Conselho de Ética da Assembléia Legislativa do Estado examina as denúncias e o pedido de cassação do parlamentar.
Em todas as instâncias é preciso que o país se proteja dos corruptos contumazes que se apropriam de bens públicos ou os confundem com propriedade particular.
As denúncias se acumulam e cabe à morosa justiça brasileira decidir o destino dos que realmente agiram contra propriedades do Estado.
Por idênticas razões, a nação brasileira passou a exigir o fim do foro privilegiado e das prerrogativas de função. Não há dúvida de que essas saídas legais têm servido muito mais para estimular crimes contra o patrimônio que para qualquer outra coisa. No caso do Maranhão, um Estado vilmente saqueado pelo grupo político do senador José Sarney, as pendências judiciais também se acumulam. A senadora Roseana, por exemplo, tem seu nome vinculado a ume série de denúncias de improbidade administrativa, como os casos da privatização do BEM e do Pólo de Confecções de Rosário.
Todas estas denúncias precisam ser investigadas. O país não pode ficar à mercê de tantos crimes e resvalando para sempre entre os privilégios de foro e a impunidade.
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários:
Postar um comentário
Blog de Notícias de Rosário e Região
Os comentários não representam a opinião deste blog, a responsabilidade é única e exclusiva dos autores das mensagens.