Os advogados dos acusados de desvios de recursos públicos na "Operação Rapina" acreditam na morosidade da justiça como forma de salvar seus clientes. Dois deles, que preferem não ter seus nomes revelados, explicaram ao blogue do Dércio Sá o tempo que demorará para os acusados serem punidos.
Contam que cada um dos 128 que tiveram suas prisões decretadas podem arrolar até oito testemunhas de defesa, o que em tese daria 1.024 pessoas a serem ouvidas pela justiça - fora os próprios acusados. Mais: o processo tramita no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), em Brasília, que está abarrotado de processos.
No caso, o TRF mandaria cartas de ordens para que a Justiça Federal do Maranhão, também abarrotada de processos, ouvisse todo esse pessoal. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Fedral (MPF) terão de identificar a participação de cada um dos presos no esquema. O advogados prevêem que uma sentença não saia em menos de cinco anos.
Piano
Os causídicos reclamaram da identificação criminçal a que foram submetidos seus clientes quando chegaram à Penitenciária de Pedrinhas, o que na gíria é chamado de "tocar piano".
Os presos foram fotagrafados de lado e de frente e ainda tiveram de melar os dedos com tinta para tirada de impressões digitais. Os advogados dizem que a determinação partiu da Secretaria de Segurança, já que não havia pedido nenhum nesse sentido por parte da PF e do TRF.
"Essa determinação não partiu da PF e do TRF. Foi mais um constrangimento a que os presos foram submetidos por parte da secretária Eurídice Vidigal", disse revoltado um dos advogados.
Fonte: Blogue do Dércio
Endereço: http://imirante.globo.com/decio
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