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Professores dizem que passam fome (tem coisas que só acontecem no Maranhão mesmo)

SÃO LUÍS - Quinhentos e trinta e sete professores, oriundos de diversos municípios do interior, reclamam do péssimo tratamento a eles dispensado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que lhes fornece apenas uma refeição por dia, que chega com horas de atraso numa embalagem de alumínio. Segundo eles, a comida é fria e de má qualidade. Os docentes participam, em São Luís, de um curso de capacitação do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Ministério da Educação, em parceria com o Governo do Estado e prefeituras.

Os professores chegaram domingo (25) a São Luís, para participar do curso, que está programado para terminar na próxima segunda-feira. Eles estão hospedados em quatro hotéis da cidade, que lhes garante o pernoite e o café da manhã. As aulas acontecem numa escola de enfermagem situada na rua Rio Branco (Centro), cuja diretoria informou que somente cedeu o espaço físico para a Seduc e não quer seu nome envolvido no problema em questão.

“Quando deixamos a nossa cidade, nos informaram que todas as despesas seriam cobertas pelo programa, que é do Ministério da Educação (MEC). Mas, quando chegamos a São Luís, fomos hospedados no hotel, que nos garantiu apenas o pernoite e o café da manhã. Viemos para o curso e só recebemos a primeira refeição, fornecida pela organização do curso, às 20h de segunda-feira”, disse o professor George Pinto Rocha, do município de São Vicente Férrer. “Estamos passando fome”, acrescentou.

Rocha informou ainda que pensou em voltar para a sua cidade diante do tratamento a ele dispensado, mas teme que a sua ausência no curso de capacitação prejudique a sua carreira docente no município. Em razão disso, os demais professores têm se sujeitado a essa situação. “Já reclamamos com a nossa coordenação, que já reclamou com o pessoal da Seduc e nos prometeram que vão resolver o problema, mas nenhuma providência foi tomada”, disse George Rocha.

“Ontem (segunda-feira, 26), não tivemos jantar. Só um almoço, que chegou às 18h, frio. Teve gente que não conseguiu comer e outros até passaram mal”, revelou Raquel França Ribeiro, professora do município de Cajapió. “Tivemos que comer no estacionamento do hotel, porque não nos permitiram usar o restaurante, pois íamos fazer os outros hóspedes passar vergonha vendo a gente comer de bandeco. Um absurdo”, protestou Ana Maria Pacheco Pinto, também de Cajapió.

Além de São Vicente Férrer e Cajapió, há professores de São Bento, Bacurituba e São João Batista. Em cada grupo há um coordenador responsável, mas nenhum quis falar a O Estado sobre as denúncias.


Fonte: O Estado do Maranhão.
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