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Guseira Margusa voltará a operar após 11 meses parada

Erivaldo Sousa (Colaboração).


Bacabeira - Os reflexos provocados pela crise econômica mundial, que afetou diversos setores da indústria e do comércio, de modo geral já dão sinais de que estão desaparecendo em alguns municípios que formam a região do Munim e os Lençóis Maranhenses. Pelo menos em Bacabeira, cidade localizada às margens da BR-135 - distante cerca de 55 km de São Luis -, que foi duramente afetada pelo arrocho provocado pela crise mundial, parece agora “respirar”.

A Maranhão Gusa S.A (Margusa), produtora de ferro-gusa na região, retomará suas atividades esta semana. Em setembro do ano passado, a empresa chegou a demitir quase 100 % dos seus funcionários, envolvendo setores da produção e o administrativo.

O anúncio foi feito pelo gerente executivo da Margusa, César Ulisses Vasconcelos. Segundo ele, nesse primeiro momento será colocado em funcionamento apenas um dos fornos de produção da fábrica. O segundo entrará em atividade somente no fim deste ano, permitindo desta forma o pleno funcionamento da indústria.

A empresa terá de contratar trabalhadores, ou recontratar, levando em consideração os efeitos da crise econômica mundial, que a obrigou a demitir perto de 1.500 funcionários em setembro de ano passado. A quantidade de empregos a serem gerados com o retorno das atividades da Margusa deverá girar em torno de 1.500, entre vagas diretas e indiretas. O retorno da fabrica está gerando uma grande expectativa na região do Munim, principalmente para as pessoas que estão desempregadas nos municípios de Rosário, Bacabeira, Santa Rita e até mesmo da capital maranhense.

O vice-presidente da Margusa, Leonídio Pontes Fonseca, disse recentemente, em um evento na área educacional realizado em Anapurus, que a reativação da fabrica de ferro-gusa abre um grande leque para a geração de emprego e renda na região e de tributos fiscais para o município de Bacabeira.

O gerente florestal da Margusa, Luiz Antonio Leite, informou que o reinício das atividades da indústria é um momento importante para consolidar a oferta de novas vagas de trabalho no segmento guseiro que foi bastante afetado pela recessão provocada pela crise econômica mundial.

Sobre o atual momento vivido pelas guserias maranhenses, o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro-Gusa no Maranhão (Sifema), Claudio Azevedo, afirmou que a crise ainda não acabou, mas a economia mundial começa a dar sinais de recuperação.

"E as empresas tomaram logo a iniciativa de readmitir os trabalhadores, pois o maior patrimônio das indústrias é a sua mão-de-obra especializada. Não podemos correr o risco de esses trabalhadores, que foram treinados pelas próprias empresas, deixarem o estado em busca de oportunidades. Queremos manter os trabalhadores maranhenses na sua região", ressaltou o presidente do Sifema.



Siderúrgicas

- A Margusa pertence ao grupo empresarial Calsete, de Sete Lagoas (MG), e tem produção estimada em 9 mil toneladas de ferro-gusa/mês, podendo chegar a 300 mil toneladas/ano.

- No Maranhão, estão instaladas sete siderúrgicas: Cosima, Pindaré, Simasa, Fergumar, Viena, Gusa Nordeste e Margusa, que produziram ano passado 1,6 milhão de toneladas de ferro-gusa.

- Praticamente toda a produção de ferro-gusa no Maranhão tem como destino o mercado exportador, sendo 90% direcionados para os EUA;

- Antes da crise mundial, até julho de 2008, as siderúrgicas maranhenses empregavam, em Açailândia, Santa Inês e Bacabeira, mais de 2 mil pessoas diretamente.
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