O Deputado Estadual Edivaldo Holanda (PTC) .O Deputado Estadual Edivaldo Holanda (PTC) levou para o plenário da Assembleia Legislativa, na sessão do último dia 05, a preocupação de que a implantação da Refinaria Premium da Petrobras pode não trazer benefícios para o Maranhão. E destacou a necessidade de realizar na Casa uma audiência pública para discutir o assunto.
Edivaldo Holanda iniciou seu discurso fazendo a leitura de uma entrevista concedida pelo professor Manoel Carlos Bordalo ao blog do jornalista Robert Lobato, sob o título "Especialista adverte que a refinaria da Petrobras poderá ser engodo no Maranhão".
No texto, o professor - que é engenheiro químico e especialista em gerência petroquímica - adverte que a refinaria a ser construída entre Bacabeira e Rosário poderá se transformar em um grande engodo industrial que não trará benefício algum para o povo do Maranhão.
O deputado lembrou que a governadora Roseana Sarney (PMDB) assinou decreto dia 10 de julho passado para desapropriação de uma área de 20 km em favor da Petrobras para a construção da Refinaria Premium no município de Bacabeira. "Muito se fala nos benefícios que esse empreendimento bilionário promete trazer para o desenvolvimento industrial do Maranhão, assim como em dias melhores para a população, do ponto de vista da geração de empregos, renda e riqueza. Afinal são 20 bilhões em investimentos, e a promessa de que estará em pleno funcionamento até o ano de 2014. Contudo, há opiniões que confrontam com o discurso oficial de boas novas proclamado pelo Governo do Maranhão", ressaltou.
Segundo Edivaldo Holanda, o professor Manoel Carlos Bordalo fala com experiência de quem trabalhou no Pólo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia. De acordo com o deputado, na avaliação do especialista há grandes possibilidades de o Maranhão estar diante de mais um grande engodo industrial. "A entrevista, além de polêmica, cria a necessidade de instituições como as universidades, a Assembléia Legislativa, e a sociedade civil organizada, debaterem e acompanharem de perto esse empreendimento da Petrobras", justificou.
O parlamentar alertou que é preciso considerar que a realidade do Maranhão - em função do modelo educacional das universidades e escolas técnicas, que não têm cursos como o de engenharia de petróleo, engenharia química, entre outros afins - pode não dispor dos recursos humanos necessários para o empreendimento.
"Precisamos ter mais responsabilidade ao criar expectativas para a nossa juventude com promessas fáceis de dias melhores. Já vimos isso em outros momentos da história do Maranhão, em relação a outros mega projetos. O resultado foi que não houve abertura de novos postos de trabalho aos jovens maranhenses, por conta da falta de especialização técnica", avaliou o deputado.
Edivaldo Holanda ressaltou que o governo precisa preparar a mão-de-obra jovem tecnicamente, para que não seja necessário importar pessoas de outros estados e deixar a juventude maranhense fora de um empreendimento tão grandioso. "Quem não se lembra, por exemplo, de projetos como o da siderúrgica de Carajás? Chegaram a mandar toda uma turma do curso de engenharia para a cidade de Volta Redonda na década de 70, e até hoje nunca foi implantada no Maranhão", exemplificou.
Ele ponderou que o investimento é muito alto e é muito pouco provável que até 2014 o projeto esteja plenamente implantado: "A Refinaria Premium não trará os benefícios anunciados pelas autoridades responsáveis pela condução do projeto. Para que esses empregos, impostos, riqueza, renda, investimentos se transformassem em realidade, seria preciso que a Premium fosse uma refinaria aos moldes do que são a Reduc no Rio de Janeiro, e a Relam na Bahia".
Edivaldo Holanda concluiu chamando a atenção para o fato de que a Petrobras não dá qualquer destaque à Refinaria Premium de Bacabeira e Rosário no seu plano de negócios de 2009 a 2020. "É muito grave essa constatação. Ou a Petrobras está jogando por um lado politicamente para fazer uma imagem ou para agradar determinados políticos, e aí estaria enganando o povo do Maranhão", avaliou ele, reafirmando que é preciso discutir amplamente a implantação do empreendimento no Estado.
Edivaldo Holanda iniciou seu discurso fazendo a leitura de uma entrevista concedida pelo professor Manoel Carlos Bordalo ao blog do jornalista Robert Lobato, sob o título "Especialista adverte que a refinaria da Petrobras poderá ser engodo no Maranhão".
No texto, o professor - que é engenheiro químico e especialista em gerência petroquímica - adverte que a refinaria a ser construída entre Bacabeira e Rosário poderá se transformar em um grande engodo industrial que não trará benefício algum para o povo do Maranhão.
O deputado lembrou que a governadora Roseana Sarney (PMDB) assinou decreto dia 10 de julho passado para desapropriação de uma área de 20 km em favor da Petrobras para a construção da Refinaria Premium no município de Bacabeira. "Muito se fala nos benefícios que esse empreendimento bilionário promete trazer para o desenvolvimento industrial do Maranhão, assim como em dias melhores para a população, do ponto de vista da geração de empregos, renda e riqueza. Afinal são 20 bilhões em investimentos, e a promessa de que estará em pleno funcionamento até o ano de 2014. Contudo, há opiniões que confrontam com o discurso oficial de boas novas proclamado pelo Governo do Maranhão", ressaltou.
Segundo Edivaldo Holanda, o professor Manoel Carlos Bordalo fala com experiência de quem trabalhou no Pólo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia. De acordo com o deputado, na avaliação do especialista há grandes possibilidades de o Maranhão estar diante de mais um grande engodo industrial. "A entrevista, além de polêmica, cria a necessidade de instituições como as universidades, a Assembléia Legislativa, e a sociedade civil organizada, debaterem e acompanharem de perto esse empreendimento da Petrobras", justificou.
O parlamentar alertou que é preciso considerar que a realidade do Maranhão - em função do modelo educacional das universidades e escolas técnicas, que não têm cursos como o de engenharia de petróleo, engenharia química, entre outros afins - pode não dispor dos recursos humanos necessários para o empreendimento.
"Precisamos ter mais responsabilidade ao criar expectativas para a nossa juventude com promessas fáceis de dias melhores. Já vimos isso em outros momentos da história do Maranhão, em relação a outros mega projetos. O resultado foi que não houve abertura de novos postos de trabalho aos jovens maranhenses, por conta da falta de especialização técnica", avaliou o deputado.
Edivaldo Holanda ressaltou que o governo precisa preparar a mão-de-obra jovem tecnicamente, para que não seja necessário importar pessoas de outros estados e deixar a juventude maranhense fora de um empreendimento tão grandioso. "Quem não se lembra, por exemplo, de projetos como o da siderúrgica de Carajás? Chegaram a mandar toda uma turma do curso de engenharia para a cidade de Volta Redonda na década de 70, e até hoje nunca foi implantada no Maranhão", exemplificou.
Ele ponderou que o investimento é muito alto e é muito pouco provável que até 2014 o projeto esteja plenamente implantado: "A Refinaria Premium não trará os benefícios anunciados pelas autoridades responsáveis pela condução do projeto. Para que esses empregos, impostos, riqueza, renda, investimentos se transformassem em realidade, seria preciso que a Premium fosse uma refinaria aos moldes do que são a Reduc no Rio de Janeiro, e a Relam na Bahia".
Edivaldo Holanda concluiu chamando a atenção para o fato de que a Petrobras não dá qualquer destaque à Refinaria Premium de Bacabeira e Rosário no seu plano de negócios de 2009 a 2020. "É muito grave essa constatação. Ou a Petrobras está jogando por um lado politicamente para fazer uma imagem ou para agradar determinados políticos, e aí estaria enganando o povo do Maranhão", avaliou ele, reafirmando que é preciso discutir amplamente a implantação do empreendimento no Estado.
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