* Nilson de Jesus Ericeira Sousa
Sabe-se que a LDB, Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996 – estabelece as diretrizes e bases da educação nacional - preconiza entre outras conquistas da sociedade brasileira à educação, a questão da inclusão de alunos portadores de necessidade educacionais especiais, nas salas de aula, em turmas com todos os outros alunos. Mas é essencial preparar a escola para tal missão.
Muitos desses alunos enfrentam dificuldades de aprendizagem e ou problemas que causam transtornos, quer de origem genética, fisiológica, psicológico, adquiridas na família, na própria escola ou na sociedade de forma geral. Às vezes, até posso opinar que, alguns desses problemas, estão na gestão ou mesmo na relação entre os atores do processo ensino e aprendizagem. Há uma multiplicidade de fatores que acarretam na má qualidade do aprendizado ou na performance melhor do alunado. Aí vejo, portas abertas para psicopedagogos e outros profissionais que se juntarão a velhos conhecidos do processo dialético de ensinar e aprender. Penso, dessa forma, que não se pode pensar em concurso para área do magistério, sem profissionais que atuem de forma multidisciplinar, no espaço escolar e até fora dele, quando na sua extensão, encontrar-se com a família (em que tudo começa).
Diante desse desafio, ou seja, de colocar numa mesma sala de aula, todos os seres humanos, com o intuito básico de aprender na escola insumos que não se encontram em nenhuma instituição social, muito menos com o mesmo rigor das instituições de ensino. As escolas ainda são, apesar dos pesares, os locais mais apropriados para a interação e consolidação de valores.
Cabendo a esta transformar pessoas em seres humanos úteis. É nela que se desenvolve a sociabilidade com mais rebuliço, perspectivas, interação... Entretanto, lapidar alunos com o mesmo amor, tem sido o desafio de mestres, professores, especialistas e pessoas da sociedade civil engajadas com a causa sublime de educar junto com os outros irmãos, os portadores de necessidade educacionais especiais, tendo em vista se converter em uma verdadeira missão.
Um dos fatores que tem me causado certa preocupação é que a escola brasileira ainda não está preparada para receber seus alunos na igualdade, possibilitando-os uma convivência harmônica, mesmo nas diferenças. É urgente que a escola tenha condições, se não ideais, mas desejáveis para que construa uma educação especial e inclusiva para todos que precisem dela. Nesse contexto, reforço a minha opinião, de que a instituição escolar formadora de cidadãos não dispõe, em todas as redes de ensino, da estrutura suficiente para fazer cumprir a Lei, constituída em letras, transformar-se numa ação prática e efetiva no labor dos atores e das pessoas que também amam causas nobres assim.
Agora, mais recentemente, em contato com o mundo da Psicopedagogia, percebo da importância de uma equipe multidisciplinar na escola. Acredito que muito das deformações, bloqueios, dificuldades de aprendizagem podem ser amenizadas e, até sanadas, por uma equipe profissional que, em parceria com os outros atores do processo, pode muito bem prestar um essencial papel para a sociedade.
Em discussão com a nossa turma na UEMA e, numa certa interação, tenho percebido que muitos dos problemas enfrentados pelos nossos alunos, não estão longe de nós, pior, caso não haja um despertar por parte da sociedade e das autoridades, o futuro de pequenos seres humanos estará comprometido.
Nilson de Jesus Ericeira Sousa
Poeta, professor, jornalista e estudante de Psicopedagogia
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