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Greve chega ao 4º dia e governo ignora policiais

No segundo dia de greve dos policiais, agentes penitenciários, peritos criminais e delegados, ontem, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Amon Jessen, afirmou que o governo está ignorando completamente a mobilização.

O presidente do Sinpol lembrou que a última negociação entre o governo e as categorias ocorreu quarta-feira última, mas sem avanços. Desde então, o Executivo sequer enviou representante para uma nova conversa. “Já estamos no segundo dia de greve e o governo, pelo que estamos verificando, está ignorando completamente o movimento. Pena que esse tipo de atitude ajude apenas a aumentar a nossa mobilização”, declarou.

Revoltado pela postura do governo, Amon Jessen insinuou que o Executivo não estaria interessado nos transtornos à população. “Será que é dessa forma que se faz segurança cidadã? Acredito que não. Mas, pela forma como o governo se comportou com a greve dos professores (que durou aproximadamente 90 dias e acabou somente por meio de uma decisão judicial no Supremo Tribunal Federal), não nos surpreende essa apatia”, afirmou o presidente do Sinpol. “Independentemente da forma como o governo está vendo essa greve, ela irá continuar. Fico, sinceramente, entristecido é pelos transtornos à população”, complementou o presidente da Associação dos Policiais Civis (Adepol), Marcos Affonso Júnior.

A greve tem como objetivo pressionar o governo estadual a adotar o salário mínimo de R$ 380, inclusive para efeito de cálculo de incorporação das vantagens e gratificações, ao contrário do que ocorre hoje, quando o salário-base das categorias é calculado por meio do vencimento de R$ 303. Na última reunião entre categorias e executivo, foi oferecido aos policiais, agentes, peritos e delegados um reajuste de 9%. Proposta essa que foi rechaçada. Também estão na pauta de reivindicação a equiparação do valor do auxílio-alimentação dos funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que é de R$ 440,00 (hoje, o valor máximo desse auxílio é de R$ 164,00), e a continuidade dos concursos públicos para delegados e agentes da Polícia Civil, interrompido no início do ano.

BLOQUEIO

Hoje, delegados, agentes, peritos criminais e policiais civis devem se concentrar em frente ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Lá, eles prometem evitar a visita semanal de presos. A última vez que isso ocorreu foi na greve de policiais civis no ano passado.

Uma manifestação similar, em 2006, acabou em confronto entre policiais civis, agentes e policiais militares. No dia 29 de abril, durante o sexto dia de greve da polícia civil no ano passado, cerca de 400 homens da PM ocuparam as dependências da penitenciária e formaram um forte bloqueio no perímetro externo da carceragem.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen), César Castro, afirmou que os manifestantes estão preparados para uma nova possibilidade de confronto. Assim como no ano passado, eles prometem interditar a BR-135, caso a Polícia Militar intervenha na visita dos presos hoje. “Se a polícia tentar liberar a visita dos presos, nós iremos fechar a rodovia. Espero que isso não venha a acontecer”, disse Castro. “De fato, o clima pode ficar tenso”, complementou Amon Jessen.

De acordo com dados do Sindspen, o Complexo Penitenciário de pedrinhas está hoje com 2.081 detentos. Destes, 717 na Penitenciária de Pedrinhas; 862 na Casa de Detenção; 314 na Central de Custória de Presos de Justiça (CCPJ) e 188 no Presídio São Luís.
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