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Vereadores dos municípios da Comefc se reuniram em São Luís

O Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no Maranhão (Comefc) se reúne hoje, às 14h, no Hotel Praia Bela, na Avenida Litorânea, em São Luís, vereadores das cidades que integram a entidade para apresentar projeto e discutir propostas de compensação da Vale para as cidades diretamente ligadas à malha ferroviária da mineradora.
Segundo a diretoria do Comefc, embora a maior parte da extensão da ferrovia fique no Maranhão, 80% dos recursos gerados pela exploração da Estrada de Ferro Carajás (EFC) são aplicados no estado do Pará.
Atualmente, o Maranhão escoa 42% de toda a produção de minério de ferro da Vale no Brasil e a previsão é de que este percentual aumente para 55% em 2016, podendo chegar a movimentar 60% de minério de ferro bruto no país, em 2020.
"Em outras palavras, juntas, todas as estradas de ferro da Vale no Brasil não chegarão nem próximo à quantidade transportada via Estrada de Ferro Carajás", informou o tesoureiro do Comefc e prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atemir Botelho.
Os municípios cortados pela ferrovia no Maranhão reclamam que a mineradora fez poucos investimentos nas cidades desde o início das operações na estrada de ferro. Por isso, decidiram se reunir para pressionar.

Movimento - Em três meses de atividades, o consórcio já realizou 13 audiências públicas nos municípios e no dia 28 de maio se reuniu com deputados estaduais na sede da Assembleia Legislativa em São Luís. Também já houve encontros com o Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que declarou apoio ao consórcio.
A ação da entidade será reunir os vereadores dos 23 municípios que fazem parte do consórcio para apresentar a Comefc, debater as metas e discutir propostas para que a Vale inicie os pagamentos das compensações socioeconômicas e ambientais destinados às regiões impactadas.
"Precisamos mostrar aos vereadores que se trata de uma união em prol de toda a população desses municípios, algo em torno de 1,8 milhão de habitantes. Por isso, necessitamos do apoio não só da população, mas também dos seus representantes", afirmou Atemir Botelho.
De acordo com o prefeito de Alto Alegre do Pindaré, os municípios sob influência da estrada de ferro têm diversos problemas em decorrência da ferrovia.
Alto Alegre do Pindaré tem o maior índice de acidentes do estado em estradas de ferro. Bom Jesus das Selvas, que recebeu um canteiro de obras com 3 mil trabalhadores, por causa duplicação da EFC, já enfrenta dificuldades no abastecimento de água.
"Há ainda problemas causados pela proximidade da rodovia com áreas urbanas, em Alto Alegre do Pindaré. A ferrovia passa por trechos urbanos, incluindo a sede do município, que é partida ao meio por ela", detalhou o prefeito.

Reclamações - Os prefeitos reclamam que não recebem investimentos por parte da Vale e, por isso, os municípios continuam com baixos índices de desenvolvimento urbano, pois as riquezas geradas beneficiam outras localidades.
"Nosso objetivo é criar um Fundo Municipal de Desenvolvimento, patrocinado pela Vale e gerido pelos municípios e cujos valores seriam divididos de forma proporcional, de acordo com a extensão de ferrovia e população de cada cidade", explicou o tesoureiro do Comefc.
Atemir Botelho lembrou que, quando da construção da Estrada de Ferro Carajás, a Vale se comprometeu a realizar investimentos na área, mas desde o início das operações da ferrovia fez apenas ações pontuais. Por essa razão, os municípios decidiram criar o consórcio.

Mais

O Comefc é o consórcio formado pelos 23 municípios do Maranhão cortados pela Estrada de Ferro Carajás, que juntos têm 76% da extensão da ferrovia, que começou a operar em 1984. Fazem parte da entidade os municípios de Açailândia, Alto Alegre do Pindaré, Anajatuba, Arari, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Bom Jardim, Bacabeira, Cidelândia, Igarapé do Meio, Itapecuru-Mirim, Itinga do Maranhão, Miranda do Norte, Monção, Pindaré-Mirim, São Luís, Santa Rita, São Pedro da Água Branca, São Francisco do Brejão, Santa Inês, Tufilândia, Vila Nova dos Martírios e Vitória do Mearim.

Números

892 quilômetros é a extensão da Estrada de Ferro Carajás

700 quilômetros é o trecho da ferrovia que passa pelo Maranhão
131 quilômetros é o maior trecho da via em município maranhense: Açailândia.


Com informações do Folha Maranhão / Bacabeira.
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