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Petróleo e Gás deve investir para qualificar trabalhador e fornecedor

Demandas para atender à cadeia produtiva que mais cresce no país foram discutidas em eventos realizados em São Luís

Na última semana, São Luís sediou dois eventos que discutiram os desafios e as metas do setor de Petróleo e Gás, que tem apresentado grande crescimento em todo o país e, em especial, no Maranhão, que receberá projetos estruturantes nos próximos anos, como a Refrinaria Premium I, da Petrobras, nos municípios de Bacabeira e Rosário.

Houve o 8º Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), no qual foram anunciados desafios e metas para o setor até 2020, em todo o país. “Estamos fadados a ter sucesso”, afirmou o coordenador-executivo do Prominp, José Renato Ferreira de Almeida, durante a abertura do evento.

O coordenador explicou que a intenção é que o setor avance, até 2020, em capacidade produtiva e competitividade e consiga consolidar um parque nacional compatível com os expressivos investimentos previstos para a atividade no período.

O conjunto de metas do setor, batizado de Prominp 2020, terá o objetivo de ampliar a participação do conteúdo nacional no setor de petróleo e gás natural. Segundo José Renato Almeida, as projeções para a década indicam a necessidade de qualificar 265 mil profissionais para atender à demanda de mão de obra criada pelos empreendimentos da Petrobras no país. Desse total, 30 mil vagas serão destinadas ao Maranhão.

Oportunidades - Para os próximos seletivos de capacitação, o Prominp deve incorporar cursos de conteúdo avançado e de alta especialização, para atender à necessidade das empresas, sobretudo para a exploração do pré-sal. Entre as vagas especializadas mais carentes de profissionais qualificados estão as de torrista, sondador e piloto de helicóptero. Também está sendo estudada a renovação de convênio com a Marinha para ampliação das vagas anuais de formação de oficiais.

Na área da atividade industrial, o coordenador do Prominp frisou a necessidade de avanços da capacidade produtiva e da competitividade. Reconheceu a urgência de equacionar questões estruturais ligadas, entre outras, à tributação, financiamento, infraestrutura, regulação, tecnologia e meio ambiente, além da relação cliente-fornecedor.

Fornecedores - A formação de fornecedores para atender às demandas do setor de petróleo e gás foi destaque em outro evento realizado em São Luís. O 7º Encontro de Gestores Petrobras e Sebrae, realizado no Hotel Luzeiros, teve como objetivo aprimorar o trabalho nos 20 projetos de Petróleo, Gás e Energia executados pelo Sebrae em 15 estados brasileiros.

Os projetos são fruto de convênio entre Sebrae e Petrobras para a inserção de micro e pequenas empresas (MPEs) no cadastro de fornecedores da Petrobras e seus parceiros, tornando-as participantes da cadeia produtiva que mais cresce no país.

“A Petrobras tem pressa em capacitar as MPEs brasileiras para inseri-las em seu cadastro de fornecedores, bem como desenvolver os arranjos produtivos no entorno de seus investimentos. É que, com a descoberta do Pré-sal, empresas que atuam no mercado de Petróleo e Gás em outros países já começam a chegar ao Brasil e podem, com sua experiência, desbancar as MPEs brasileiras”, alerta Eliane Borges, coordenadora nacional do Sebrae nos Projetos de Petróleo, Gás e Energia.

Apesar de ter iniciado o projeto há pouco mais de um ano, o Sebrae-MA já se destaca entre os projetos executados no país na cadeia de Petróleo, Gás e Energia, com alguns diferenciais, como os encontros preparatórios para as rodadas de negócios. A pauta desses eventos foi feita com base nas necessidades previamente identificadas com o Consórcio GSF – responsável pela primeira etapa da obra da Refinaria Premium I.

“O projeto do Maranhão foi o único a realizar um evento dessa natureza, o que foi visto como positivo no encontro dos gestores”, diz Marina Lavareda, co-gestora do Projeto de Petróleo, Gás e Energia do Sebrae-MA, ao informar que, no estado, o projeto já atende 120 empresas que recebem acompanhamento, consultoria e capacitação do Sebrae para que sejam incluídas no rol de fornecedores do Consórcio GSF.
Crescimento do setor é um dos principais motores da economia

Executivo do Ministério de Minas e Energia diz que o mundo quer parceria com o Brasil
O crescimento do setor de Petróleo e Gás vem se consolidando como um dos principais motores da economia brasileira nos próximos anos. “O mundo já reconheceu o poder do setor no Brasil e quer construir parceria com o país”, afirmou o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Naturais do Ministério das Minas e Energia, Marco Antonio Martins de Almeida, durante o encontro do Prominp.

Durante o evento, os especialistas concordaram que o principal desafio do setor é manter o crescimento da capacidade produtiva solucionando as deficiências no atendimento às demandas das indústrias. “Devemos investir para elevar a produção e cumprir a expectativa de demanda. Mesmo com as fontes alternativas, a nossa principal fonte de energia é o petróleo. Precisamos transformar esse cenário em riquezas para o país”, disse o gerente de geral de Contratação de Bens e Serviços de Exploração e Produção da Petrobras, Edmar Diniz de Figueiredo.

Plano - O gerente-geral da Refinaria Premium da Petrobras, Fernando Fernandes Martinez, apresentou o Plano de Negócios de Abastecimento fazendo um alinhamento com base nos cálculos referentes ao período entre 2011/2015, no qual o objetivo é expandir o refino brasileiro assegurando o abastecimento nacional e a liderança na distribuição, desenvolvendo mercados de exportação para o excedente de petróleo produzido no país.

Sobre a Refinaria Premium I, que está em fase de terraplanagem nos municípios de Bacabeira e Rosário, e já é considerada o maior empreendimento do segmento no país pela capacidade de processar, do total nacional, 600 mil barris de petróleo por dia depois de concluída, o gerente destacou o alto investimento que a Refinaria irá exigir em contratação de serviços e mão de obra.

“Em todas as etapas de construção da Premium, vamos atingir o contingente de 26 mil trabalhadores. Com a sua operacionalidade, será necessário um investimento de 350 milhões por ano na contratação de prestação de serviços e recursos humanos”, enfatizou Fernando F. Martinez.
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No Maranhão, já houve as fases de pesquisa e diagnóstico e foram iniciadas as ações de capacitação das micro e pequenas empresas para o setor de Petróleo e Gás. Há ainda apoio contínuo para o cadastramento de MPEs no banco de fornecedores da Petrobras, Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) e no Consórcio GSF.
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